quinta-feira, setembro 18, 2008

Já ouviu falar em Arts and Crafts?

É provável que não. Mas tão provável quanto é que seu estilo predileto tenha influências deste movimento.
Arts & Crafts, como o próprio nome diz, procura casar elementos de artes e ofícios em suas obras.

Tudo começou como um movimento estético na Inglaterra, na segunda metade do século XIX, quando alguns revoltados como o romântico John Ruskin e o socialista e medievalista William Morris levantaram uma bandeira de defesa ao artesanato criativo.

Era uma evidente afronta à mecanização e à produção em massa, com o intento de dar um basta à distinção entre o artesão e o artista.

O movimento Arts & Crafts então fez frente aos avanços da industrialização, estimulando a produção de móveis e objetos com traços bem pessoais do artesão ou artista (o querido e precioso designer dos nossos tempos).

O movimento em si teve uma vida muito curta, mas provocou intesas influencias que vieram a originar outros movimentos como o Art Nouveou, que por muitos é considerado uma das mais importantes raízes do modernismo no design gráfico, arquitetura e desenho industrial (mas isto é uma ooooouutra história).

Há quem diga que o surgimento da Bauhaus só se deu por ocasião da influência do Arts & Crafts, pois a Escola, assim como nossos ingleses inconformados, também acreditava que que a propagação e o ensino do design deve ser estruturado em pequenas comunidades de artesãos sob a batuta de alguns poucos mestres.

No fim, o objetivo de toda essa gente é produzir objetos adquiridos por poucos, e feito por muito poucos, nos quais o grande valor simbólico agregado é a assinatura do idealizador e feitor da obra.

Portanto, tudo que você vê hoje em dia, que querendo ou não, é produzido em massa, mas contém aquele quê de exclusividade e intimismo, tem uma pequena herança dos nossos bons e velhos John Ruskin e William Morris.


Et ces't fini.

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