Um pouco sobre o VERMELHO!

Lendo uma matéria no Estadão (que serve de referencia pra este assunto), parei a pensar no quanto o vermelho seduz. Quando era criança, o vermelho inspirava ao mesmo tempo a imagem dos doces mais gostosos e o universo feminino. E eu que gostava e defendia tanto o azul, um dia ainda iria ver o quanto uma coisa tem a ver com a outra.

Mas era apenas uma análise primária e infantil desta fabulosa cor, no entanto o que se vê na exposição Aussi Rouge que Possible, realizada no Museu de Artes Decorativas de Paris. é uma bela ode ao vermelho e ao papel dessa cor tão sedutora no universo dos interiores, do design, da moda, do poder, da política e do nosso imaginário.

Um pouco sobre:

Por toda a história, pessoas e grupos poderosos se revestiram de insígnias, distinções e vestimentas nas cores escarlate, púrpura e carmim. Na Idade Média, pessoas comuns não era permitidas de vestirem a cor púrpura ou usar adornos nas armaduras, a menos que se tratasse de um príncipe.

Na simbologia heráldica, as gargantilhas significavam a caridade, a valentia, a ousadia e a generosidade. Carlos Magno, quando sagrado imperador dos romanos, em 25 de dezembro do ano 800, calçou sapatos de couro vermelho.

No século 13, o papa, que até então vestia branco, passou a adotar o púrpura e foi seguido pelos cardeais em escarlate. Na França, os grandes dignitários do exército vestem vermelho e os magistrados, um uniforme rubro. Para recompensar àqueles que prestaram eminentes serviços à nação, Napoleão, em 1802, instituiu a Legião de Honra com a fitinha vermelha tão característica. E quem não sabe que desenrolar um tapete vermelho é costume utilizado pela maioria dos países para receber hóspedes ilustres? Que outra, portanto, poderia ser mais popularmente imponente ou emblemática do que a cor vermelha?

No campo político, com exceção dos países islâmicos, onde a cor é associada à fé, o vermelho é o que vem servindo para ilustrar, universalmente, o comunismo ou a luta.

Em matérias menos ideológicas, como amor e erotismo, o vermelho aparece também imbatível. Na Idade Média, as prostitutas eram obrigadas a usar uma peça de roupa em vermelho, como atestado de seu status, e uma lanterna vermelha nas fachadas dos prostíbulos era a senha do estabelecimento. Não preciso dizer que daí surgiu a expressão "casa da luz vermelha, preciso? Bem, continuando...

Até o século 19, a roupa íntima, tinha de ser branca, nunca tingida. Uma das razões era de ordem moral, posto que as cores vivas eram consideradas impuras. Foi justamente nesses tão idos tempos que o vermelho, tornou-se a dita cor da luxúria.

De volta à exposição:

A parte os inúmeros significados, a exposição, no quesito interiores, mostra a intemporalidade do vermelho no campo das artes decorativas, técnicas de tingimento de tecidos, o gosto pela laca vermelha chinesa, o papel dos tapetes orientais e como a cor vem colorindo calorosamente paredes de casas principescas há séculos.

Portanto, seja para despertar a fome dos clientes de seu restaurante, para aumentar a libido da gatinha que você leva pra casa, ou para qualquer outra finalidade, confie no vermelho!

Ele continuará funcionando!

Et c'est fini